ARMAZENAGEM REFRIGERADA DE PIMENTAS SOB CONDIÇÃO DE ATMOSFERA NORMAL E MODIFICADA
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ARMAZENAGEM REFRIGERADA DE PIMENTAS SOB CONDIÇÃO DE ATMOSFERA NORMAL E MODIFICADA
INTRODUÇÃO
As pimentas e os pimentões são frutos que pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum. No Brasil as pimentas são geralmente consumidas na forma de conserva, vinagre ou azeite. Várias são as espécies de pimenta, com cores, formatos, tamanho e intensidade de sabor diferentes, podendo ter forma alongada, arredondada, triangular e quadrada. Algumas chegam a ser adocicadas. Sua pungência deve-se a presença da capsaicina, substância com propriedades medicinais benéficas a saúde, atuando como cicatrizante de feridas, como antioxidante, na dissolução de coágulos sanguíneos prevenindo a arteriosclerose, controlando o colesterol e evitando hemorragias (Saldanha et al., 2009). Apesar da picância, seu consumo induz a liberação de endorfinas, que causam sensação de bem estar e elevam o humor. A região do litoral sul de Santa Catarina caracteriza-se pelo cultivo de culturas como a banana, o fumo e a mandioca, necessitando os produtores de novas opções de cultivo para diversificar a produção e poder se manter no meio rural. Neste sentido, o cultivo de pimentas pode ser mais uma opção para os produtores diversificarem a produção e aumentarem sua renda. Para tanto pesquisas sobre o comportamento e adaptação das cultivares a região, sua conservação e o destino da produção devem ser desenvolvidas. Com estas considerações, o trabalho avaliou a conservação de cultivares de pimentas ‘Malagueta’, ‘Chapéu de Bispo’ e ‘Jalapeño’ armazenadas em frio em atmosfera normal e atmosfera modificada.
METODOLOGIA
Pimentas das cultivares ‘Malagueta’, ‘Chapéu de Bispo’ e ‘Jalapeño’ foram armazenadas no Câmpus Sombrio do IFC sob condição das atmosferas normal e modificada a temperatura de 1ºC, por até 40 dias. Os frutos foram colhidos da coleção de pimentas existente no Câmpus Sombrio, sendo após a colheita selecionadas e separadas nos tratamentos. Os tratamentos constituíram de: 1) armazenagem das pimentas sob condição de atmosfera normal, colocando-se os frutos em bandejas de isopor, envoltas por redes plásticas comumente usadas para armazenagem de citros, com o objetivo de que os frutos não caíssem das bandejas; 2) armazenagem em atmosfera modificada, colocando-se os frutos em bandejas de isopor, envoltas por bolsas plásticas fechadas, de forma a criar uma modificação na atmosfera pela respiração dos frutos. Avaliações em pós-colheita ocorreram na colheita e após 10, 20, 30 e 40 dias a 1ºC na ‘Malagueta’, ‘Chapéu de Bispo’, ‘Cheiro de Luna’ e ‘Novo México’ e na colheita e após 15 e 30 dias na ‘Jalapeño’. As variáveis avaliadas foram: aparência, desidratação, comprimento, diâmetro, sólidos solúveis, acidez titulável, sólidos solúveis, incidência de fungos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema fatorial 2 x 4 (2 formas de embalagem e 4 datas de avaliação) na ‘Malagueta’ e ‘Chapéu de Bispo’, e 2 x 3 (2 formas de embalagem e 3 datas de avaliação) na ‘Jalapeño’, com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância, seguida por separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As pimentas armazenadas em atmosfera normal desidrataram mais que os em atmosfera modificada ao longo da armazenagem, o que se refletiu em pior aparência visual, com frutos murchos. Não ocorreram diferenças significativas nos teores de sólidos solúveis, enquanto que as pimentas em atmosfera modificada apresentaram maiores teores de acidez, possivelmente pela redução na taxa respiratória em consequência da modificação da atmosfera. Na cultivar Chapéu de Bispo houve aumento da incidência de fungos após os 30 e 40 dias em frio, havendo uma maior incidência de frutos com danos por fungos em atmosfera normal. Entre os fungos identificados identificou-se Choanephora, fungo comum na pós-colheita, que ocorre principalmente em pedúnculos e regiões com cortes e danos. Netse tipo de fungo o principal sintoma são os tecidos escurecidos e com aparência de liquefeitos devido a ação de enzimas pectinolíticas. Outro fungo observado foi Alternaria sp., que provoca principalmente manchas já desde a fase pré-colheita em todas as partes da planta principalmente folhas com aumento dos sintomas na pós-colheita.
CONCLUSÃO
A armazenagem refrigerada de pimentas em atmosfera modificada aumenta o tempo conservação de pimentas
AGRADECIMENTOS
Ao Câmpus Sombrio do Instituto Federal Catarinense pelo financiamento de bolsa de iniciação científica no Edital no022/2011/IFCCampus Sombrio e suporte para realização do experimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Saldanha, M.A.; Lins, A.F.; Heck, R.M; Barbieri, R.L. Uso terapêutico da pimenta malagueta (Capsicum frutescens) na periferia de Bagé, RS. In: XVIII Congresso de Iniciação Científica, 2009, XVIII CIC UFPel. , 2009.
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