Remoção de cafeína de efluentes através de leito de macrófita de fluxo subsuperficial vertical plantado com Vetiveria zizanioides

Autores

  • Bruno Joukoski Jalowski Instituto Federal de Santa Catarina
  • Berenice da Silva Junkes
  • Teresa Borralho
  • Adelaide Almeida

Resumo

Considerada o estimulante do sistema nervoso central mais consumido no mundo, a cafeína se mostra como uma ameaça a ecossistemas aquáticos, por ser descartada e indevidamente tratada, sendo então detectada em fontes de abastecimento. Este trabalho buscou avaliar a capacidade de remoção da cafeína através de fitorremediação, em um leito plantado com Vetiveria zizanioides em agregados leves de argila expandida. A alimentação ao leito foi efetuada em modo vertical contínuo. Foi utilizado uma solução nutritiva de Hoagland, enriquecida com 8 ± 1 mg L-1 de cafeína. Manteve-se o caudal afluente constante e carga hidráulica de 200 L.m-2.d-1. A eficiência de remoção de cafeína no leito, bem como a sua assimilação pelas folhas das plantas foi determinada através de HPLC-MS. Na biomassa vegetal foram determinados os teores em clorofila a e b (Chl a e Chl b) e total. Obtiveram-se eficiências médias de remoção de cafeína de até 69 ± 2 %, tendo a Vetiveria zizanioides assimilado durante todo o processo de tratamento cerca de 20 µg g-1 biomassa fresca. Verificou-se que a exposição da planta à cafeína causou uma diminuição no teor de clorofila a e b e total. Este estudo aponta para a possibilidade do uso da fitorremediação como uma tecnologia de baixo custo aplicável ao tratamento de águas residuais contaminadas com compostos emergentes.

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Publicado

2021-04-13

Edição

Seção

ARTIGOS