AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS DE DIFERENTES VARIEDADES DE PIMENTAS

Autores

  • Bruno Rosa da Silva
  • Samara Eberhardt Schardosim
  • Dienifer Evaldt Selau
  • Ana Sofia Fernandes de Candia
  • Eduardo Seibert

Palavras-chave:

Capsicum, variedades, sementes, germinação, desenvolvimento

Resumo

AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS DE DIFERENTES VARIEDADES DE PIMENTAS

INTRODUÇÃO

As pimentas pertencem à família Solanaceae e ao gênero Capsicum sendo consumidas no Brasil na forma de conserva, vinagre ou azeite. Sua pungência deve-se a presença da capsaicina, substância com propriedades medicinais benéficas a saúde, atuando como cicatrizante de feridas, como antioxidante, na dissolução de coágulos sanguíneos prevenindo a arteriosclerose, controlando o colesterol e evitando hemorragias (Saldanha et al., 2009). Apesar da picância, seu consumo induz a liberação de endorfinas, que causam sensação de bem estar e elevam o humor. A região do litoral sul de Santa Catarina caracteriza-se pelo cultivo de culturas como a banana, o fumo e a mandioca, necessitando os produtores de novas opções de cultivo para diversificar a produção e poder se manter no meio rural. Neste sentido, o cultivo de pimentas pode ser mais uma opção para os produtores diversificarem a produção e aumentarem sua renda. Para viabilizar isto, estudos sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento das mudas devem ser conduzidos. Em caso de boa germinação, o produtor pode guardar suas sementes e utilizá-las ao longo dos anos para produção de suas mudas. O presente trabalho avaliou a germinação de sementes compradas e produzidas no local e o desenvolvimento das plantas de variedades de pimentas ao longo de um período de 2 meses.

 

METODOLOGIA

Sementes das pimentas das cultivares ‘Amarela Comprida’, ‘Biquinho’, ‘Cayenne’ (ISLA), ‘Dedo de Moça’ (TECNOSEED), ‘Malagueta’, (ISLA), ‘Tabasco’ (TOP SEED), ‘Vulcão 2010’, ‘Cheiro de Bode 2013’ ‘Vulcão 2011’, ‘Chapéu de Bispo 2012’, ‘Cheiro de Luna 2012’, ‘Jalapeño’ e ‘Novo México’ foram plantadas em bandejas alveoladas de 128 células com substrato para hortaliças (MECPLANT), com o objetivo de avaliar sua germinação e desenvolvimento das mudas. As sementes utilizadas foram oriundas de empresas produtoras de sementes ou extraídas de frutos da coleção de pimentas do Câmpus Sombrio. As sementes extraídas de frutos da coleção foram coletadas de frutos típicos da cultivar de plantas sadias e armazenadas sob refrigeração. Seu uso visou verificar a viabilidade de germinação de suas sementes, e deve-se a dificuldade de encontrar e obter facilmente pimentas de algumas cultivares. A semeadura ocorreu em 05 de junho, permanecendo as bandejas em ambiente escuro por 5 dias. Após as bandejas foram colocadas ao sol, por períodos de 4 horas diários, visando aquecer o substrato para favorecer a germinação das sementes. O porcentual de germinação das sementes e a taxa de crescimento das plantas foram avaliadas por 2 meses. Os dados foram submetidos à análise de variância, com separação de médias pelo teste de Tukey (0,05%).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A germinação e crescimento variaram entre as cultivares. As variedades ‘Amarela Comprida’ e ‘Cheiro de Bode 2013’ foram as mais precoces em germinar, apresentando a germinação das primeiras sementes duas semanas após o plantio. As variedades ‘Amarela Comprida’, ‘Cheiro de Bode 2013’ e ‘Cayenne’ (ISLA), após 30 dias da semeadura apresentavam, respectivamente, 88%, 84% e 93% de germinação. Em comparação, na mesma dada as variedades ‘Dedo de Moça’ (TECNOSEED), ‘Tabasco’ (TOP SEED), ‘Vulcão 2011’, e ‘Chapéu de Bispo 2012’, apresentavam, respectivamente, 34%, 25%, 5% e 0% de germinação. Após dois meses da semeadura a pimenta ‘Chapéu de Bispo 2012’ não apresentava germinação. Com relação ao desenvolvimento, as pimentas ‘Amarela Comprida’ e ‘Cheiro de Bode 2013’ foram as que apresentavam o maior desenvolvimento com média de crescimento das plântulas dois meses após o plantio de 6cm e 4,5cm, respectivamente, enquanto as plantas das demais cultivares, após dois meses, apresentavam crescimento das plantas entre 2 e 3 centímetros de comprimento. Com relação ao uso de sementes de produtores certificados ou de sementes de plantas cultivadas, houve uma porcentagem média de germinação das sementes certificadas de 55%, enquanto nas sementes extraídas de plantas cultivadas a porcentagem média de germinação foi de 47,5%. Esta menor germinação é devida a baixa germinação de duas cultivares, ‘Vulcão 2010’ e ‘Chapéu de Bispo 2012’, que diminuíram em muito a porcentagem de germinação das semente extraídas de plantas cultivadas no Câmpus Sombrio.

 

CONCLUSÃO

A germinação de sementes e o crescimento de plantas de pimentas variam com as diferentes cultivares.

O uso de sementes extraídas de plantas cultivadas pode ser uma boa opção de uso pelos produtores para propagação de mudas.

 

 

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Publicado

2013-11-27

Edição

Seção

RESUMOS